O ACHADO DE PLÁCIDO
Alexandre Silva
O filme procura detalhar, com certo olhar imaginário, a história de vida do caboclo Plácido José de Souza, filho de um português e uma índia nativa da região paraense. Era agricultor e caçador, e possuía um lote terras na estrada do Maranhão (hoje Avenida de Nazaré). Num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região do igarapé Murutucu (onde hoje é a Basílica), sem motivos prévios, enxergou a imagem de Nossa Senhora entre as pedras ao lado de uma arvore de pequeno porte. Católico fervoroso, Plácido levou a santa para o barraco onde morava e ali, em um altar humilde, passou a venerar Nossa Senhora.
Contudo, essa história procura resgatar de forma simplista uma maior consciência ecológica do público, pois o filme passa uma mensagem interessante nesse aspecto, além, é claro, de fazer uma leitura ao universo místico popular no que concernem as lendas amazônicas, como foco de valorização da literatura paraense como elemento do folclore nortista. Mas não somente isso o filme aborda, também, uma das narrativas mais importantes da festa do círio de Nossa Senhora de Nazaré, sua trajetória durante a procissão, diz respeito ao evento chamado pelo povo de a festa de fé. Mostrando que após o achado de Plácido foi possível realizar muitos feitos, inclusive a construção da própria Basílica de Nazaré.

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