quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PINDORAMA CINE-EDUCAÇÃO 
APRESENTA

DIREÇÃO: STANLEY KUBRICK
DURAÇÃO: 138 MINUTOS
ANO: 1971

DIA 26 DE NOVEMBRO DE 2010            AS 19 HORAS 
NO MINI-AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA DO IFPA - CAMPUS BELÉM

AVENIDA ALMIRANTE BARROSO
ENTRE TIMBÓ E MARIZ E BARROS


ENTRADA FRANCA!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


O DESERTO

André Leite Ferreira


Quase sempre nunca sei o que escrever. Lembro sempre do poeta Max Martins, dizendo: o ato da escrita é um exercício trabalhoso, ou seja, de nada depende da inspiração tão propagada pelos poetas da melosidade. Quando vi o filme SONHOS, do cineasta Akira Kurosawa, pela primeira vez, foi como se o sonho adormecido há tanto tempo despertasse em mim; inevitável não pensar nos Beats Jack Kerouac, Gisberg, Burroughs. O delírio está aí, nos diz Kurosawa, logo, sonhar é o exercício de se assumir vivo no mundo. Do punhal às flores é preciso assumir a vida e a morte. E também, devemos estar preparados para todos os acontecimentos. Por momentos, é possível que análises façam com que o filme perca o sentido de arte no meio das demarcações. Mais adiante, o intenso frio do medo e da morte nos espreitam, latidos de cão raivoso soam na entrada e na saída do túnel da vida onde o tempo reina absoluto poderíamos nos calar diante da grandiosidade da empreitada desta obra de arte que longe de qualquer comportamento comum perpassa a obra de Van Gogh cheio de desejo e cujo olhar havia se encantado pela vida. A lírica poético-cinematográfica de Kurosawa soa como um TROVÃO aos nossos olhos daí Artaud dizer que, Van Gogh foi um suicidado pela sociedade, não um suicida. Macunaíma surreal nas florestas tropicais da Amazônia, não sei se posso aqui particularizar o delírio da obra produzida por Akira, que para mim é um divisor de águas na postura cinematográfica do olhar. É de certa maneira um exercício do belo que transcende as barreiras da complexidade e nos atira no meio do sonho. Há necessidade de assumir o real que nos rodeia, além do mais, o grito silencioso da madrugada ainda ecoa na minha cabeça e de nada adianta se perder em Paris ou em qualquer outro lugar. Os sonhos de Jack kerouac cheios de vida real atravessam minha memória junto aos sonhos do Kurosawa ou dos delírios sonhadores do poeta Jim Morrison ou mesmo o atravessamento letal da guitarra de Hendrix. A esterilidade das análises não cabe no poema, diria Max, assim como, disse Kurosawa no filme. Dessa maneira, arrancar a máscara pode também ser recolocá-la em outro totem. Nos delírios de Glauber ganhou a arte, a poesia, o cinema, o Brasil, o mundo, já que tudo se renova na natureza.
Que o olhar possa se renovar a cada pequena grande surpresa do caminho, da cidade, da vida. O desejo corrói o peito e dilacera minhas vísceras, o impacto de assumir-se diante da imensidão e da dureza. Em dias assim, sempre tem arco-íris, talvez encontremos o portal. Acima de tudo, o importante é caminhar firme e decidido para não perder-se de si, mesmo, que a neve insista. É preciso resistir. Adormecer pode significar o fim. Mas também, o início de uma nova vida, quase sempre tão doce quanto amarga. Porém mesmo assim, deve ser experimentada. Quase sempre, eu não sei o que escrever, como agora, que apenas o desejo me guia. Às vezes esta tentativa pode ser ignorada, e aí, recomeçamos tudo outra vez. A arte de sonhar é a arte de olhar, é a arte de registrar no fundo de si, as marcas do universo em uma verdadeira expansão, do eu, de nós, do tudo, do fruto, do fim, do desejo, do sim. “É ser iluminado por tudo que existe no mundo” e é o caminho de Buda que leva a si mesmo, o deserto sou eu.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PINDORAMA CINE-EDUCAÇÃO
APRESENTA

DIREÇÃO: Raquel Gerber
DURAÇÃO: 91 minutos
ANO: 2008

DIA 19 DE NOVEMBRO DE 2010 
AS 19 HORAS NO MINI-AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA DO IFPA - CAMPUS BELÉM

AVENIDA ALMIRANTE BARROSO
ENTRE TIMBÓ E MARIZ E BARROS


ENTRADA FRANCA!!!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PINDORAMA CINE-EDUCAÇÃO
APRESENTA


DIREÇÃO: DAVID FINCHER
DURAÇÃO: 139 MIN.
ANO: 1999

DIA 12 DE NOVEMBRO DE 2010 
AS 19 HORAS NO MINI-AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA DO IFPA - CAMPUS BELÉM

AVENIDA ALMIRANTE BARROSO
ENTRE TIMBÓ E MARIZ E BARROS


ENTRADA FRANCA!!!

Nota de esclarecimento

Devido aos eventos institucionais que coincidiram com as datas das sessões  (eleições, ENEM, jogos e outros), o PINDORAMA CINE-EDUCAÇÃO ficou impedido de realizar suas atividades e cumprir com o calendário planejado. Muito embora ainda haja dificuldades, estamos trabalhando no planejamento das sessões de novembro e dezembro. portanto não esquecemos a consideração e a responsabilidade que temos para com o público, nossos colaboradores e todos aqueles que tem interesse pelas sessões do projeto.
Gostaríamos de agradecer a compreensão e a colaboração. Um grande abraço a todos.
Segue na próxima postagem a programação do dia 12/11/2010   

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PINDORAMA CINE-EDUCAÇÃO
APRESENTA

SONHOS

UM FILME DE
AKIRA KUROSAWA

DURAÇÃO: 119 MINUTOS
ANO: 1990

DIA 22 DE OUTUBRO DE 2010
AS 19 HORAS
NO MINI-AUDITORIO DA BIBLIOTECA DO IFPA
AVENIDA ALMIRANTE BARROSO
ENTRE TIMBÓ E MARIZ E BARROS

ENTRADA FRANCA!!! 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PINDORAMA CINE-EDUCAÇÃO
APRESENTA
ENCONTRO COM MILTON SANTOS
OU O MUNDO GLOBAL VISTO DO LADO DE CÁ

DIREÇÃO: SILVIO TENDLER
DURAÇÃO: 89 MINUTOS
ANO: 2007
GÊNERO: DOCUMENTÁRIO
PAÍS: BRASIL

DIÁLOGOS GEOGRÁFICOS COM AIALA COLARES - GEÓGRAFO E PROFESSOR

DIA 08 DE OUTUBRO DE 2010    AS 19 HORAS

NO MINI-AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA DO IFPA
AV. ALMIRANTE BARROSO - ENTRE MARIZ E BARROS E TIMBÓ

ENTRADA FRANCA!

E-MAIL: pindoramacine@gmail.com

REALIZAÇÃO: PINDORAMA CINE E DIREI
APOIO: IFPA, DCE-RENOVAÇÃO E ASCOM



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

FOTORAMA 
SESSÃO DO DIA 24 DE SETEMBRO DE 2010
CENTENÁRIO DO IFPA - CAMPUS BELÉM
SESSÃO DUPLA 
A ORIGEM É O FIM - CORREDOR POLONÊS
ESTAMIRA - MARCOS PRADO
MÚSICA COM O PROFESSOR MIGUEL CASSIANO

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


A ORIGEM É O FIM
Karlo Rômulo

O Cinema como registro e ação progressiva. O ATELIER CULTURAL CORREDOR POLONÊS, já usava a caixa cinematográfica, mesmo antes do advento da imagem digital: nós já usávamos imagens em VHS como registros de processo de trabalho, em seguida as editávamos dentro de um processo mais objetivo visando o desenvolvimento da obra em sua forma concreta, e finalizava este processo com uma intervenção artístico-teatral em vários pontos da cidade chamada O BONDE ANDANDO. A necessidade de revisar os volumes de imagem, obedecendo a uma linha histórica de produção, desperta o aspecto subjetivo da imagem em movimento. Nuances sutis se revelam e (re) significam o olhar dos atores-produtores. Aquilo que a principio era apenas registro torna-se agora possibilidade artística, desvelando, e transformando o próprio processo. O caráter objetivo e especifico da linguagem cinematográfica, planos e cortes, se apresenta também como possibilidade artística, e, o “delírio” e a “loucura” encontram sua ficção atrelada a realidade, possibilitando ate mesmo uma contra analise da sociedade, concordância ou discordância com ideologias existentes. O não visível através do visível. Por outro lado, com a cultura do áudio visual se desenvolvendo ininterruptamente encontramos nesta proposta um importante aliado para a educação da imagem. Desta aproximação imagem, som e palavras dentro de uma só linguagem, aliada ao aspecto ideológico presente no cinema, reforça o objetivo educacional do objeto O BONDE ANDANDO enquanto performance e alegoria urbana coletiva. O filme a origem é o fim é uma experiência de arte-transformação em diálogo constante com o cotidiano da vida urbana e o ambiente. É o dia a dia de um atelier de arte, descoisificando, e resignificando o uso de objetos comuns em nossa vida. A linguagem cinematográfica oferece a estrutura móvel desta arquitetura construída com a participação de vários artistas privilegiando a diversidade cultural, levando consigo oficinas de arte e cidadania. O filme A ORIGEM É O FIM é o reflexo da vivência subjetiva do processo de produção do ATELIER CULTURAL CORREDOR POLONÊS. É o registro de uma longa etapa de encontros e atividades artísticas entre varias linguagens que culmina com a produção do filme como impressão da própria realidade. Este processo nasce do jogo, da brincadeira entre os artistas-atores envolvidos e vai criando volume nas experiências vividas dando origem ao filme do cotidiano. 

por trás dos muros: moinhos
André Leite Ferreira

acompanha descaradamente o silêncio do medo
silenciosamente calma e desperta
quase como uma pantera que se perde na escuridão
se acha a cada instante dentro do peito
sem saber se é dia ou noite
sem saber se é perto ou longe
perto e longe é sempre aqui
ruínas e delírios mornos
a lua não grita
o céu estranhamente não desaba
vaga feito sombra
na floresta escura do desejo
é sempre tênue
e nos aguarda dia e noite
conhece a nossa história desde sempre
e nunca se precipita ou age em vão
a escolha é sempre sua

VOCÊ SABIA QUE SÃO EXTERMINADOS MAIS DE 50 BILHÕES DE ANIMAIS POR ANO, USADOS COMO ALIMENTO, ENTRETENIMENTO, ROUPAS, ETC.?

PENSE NISSO!