A SEGUIR OS TEXTOS DA SEMANA TÉCNICO-CIENTIFICA
Control – A História de Ian Curtis
Jamili – Geografia – 6º semestre
Melancolia fria, romantismo negro e desesperança pós-industrial. O fotógrafo Anton Corbijn faz reviver o universo sombrio do grupo inglês de pós-punk Joy Division em seu filme “Control” que relembra o destino trágico de seu vocalista, Ian Curtis.
O filme, muito bem recebido, despertou grande expectativa. O Joy Division, nascido das cinzas ainda quente do movimento punk, influenciou muitos grupos. Por outro lado, Corbijn, um holandês de 52 anos, que assina seu primeiro filme, é um grande nome da foto e dos videoclipes de rock. “A princípio, não queria fazer um filme relacionado com a música porque me parecia previsível demais” contou em entrevista o diretor. "Mas também fui consciente da importância dos anos 60 e 80 na minha vida. Este filme é uma forma de encerrar certa parte da minha vida" acrescentou. “O filme contém música, mas não é um musical", reforça Corbijn. "Espero que os espectadores entendam que tentei fazer um filme de verdade e não uma biografia do rock". Corbijn se concentrou no sofrimento e na solidão de Curtis, mais do que na mitologia do rock. O Joy Division veio de Manchester e nos anos 70, Corbijn encontrou no norte da Inglaterra um terreno ideal para este tipo de sentimentos. “A Inglaterra era muito pobre e os que escolhiam a música, o faziam para fugir dessa vida”.
O filme é pontuado pelos maiores sucessos do Joy Division, de "Love will tear us apart" a "Atmosphere", passando por "She's lost control" (que inspira o título do filme) e "Transmission". Control deve muito à interpretação de Sam Riley no papel de Ian Curtis sua atuação é espetacular, sendo responsável por criar um personagem complexo e trágico sem jamais soar como imitação barata, quanto às cores, Corbijn optou por um preto e branco com forte contraste, característico de seu estilo fotográfico. A encenação é sóbria e elegante, muito distante da estética videoclipe que se poderia esperar.
Entender porque para Curtis, se enforcar era mais interessante do que enfrentar seus problemas, você não entenderá. O filme de Corbijn nem se presta a tentar “mapear” tais motivos. Traça apenas um retrato singular, simbólico e belo de um desses artistas com curta passagem terrestre, mas que deixa marcas significativas em sua cultura local e nas que o absorvem.
1984
Antônio Paiva – Geografia – 2º Semestre
Vivemos em uma sociedade onde verdade são mentiras e mentiras são verdades, no filme 1984 vermos uma sociedade baseada em falsas verdades, onde um estado tecnocrata domina a vida das pessoas de forma eficaz e cruel.
Quando George Orwel publicou este livro não tinha os meios de comunicação que existem hoje, mesmo assim sua imaginação foi além do seu tempo, tornando-se para nós hoje um assunto atual devido aos meios que nos são impostos pela mídia. Hoje temos a impressão de estarem, os sendo sempre vigiados, que nossos telefones são grampeados, há lugares que tem câmeras nas ruas, que com a desculpa de ser para segurança, mas na realidade também eles vigiam os cidadãos do bem.
E quem garante que as notícias que chegam até nós não são manipuladas, que eles colocam o que querem em jornais, televisão, internet e outros meios de comunicação e massa?
O vizinho de Winston que era um tolo inocente não era só ele, mas a maioria das pessoas que eram vítimas do partido. Todos os cidadãos sabiam que qualquer atitude suspeita poderia significar seu fim, e não apenas sair de um programa de TV com o bolso cheio de dinheiro, mas desaparecer de fato.
Os vizinhos e os próprios filhos eram incentivados a denunciar a polícia de pensamento. Quem cometesse algum crime, seria torturado, o que é prática comum nos Regimes Totalitários.
Na obra, de George Orwell, o mundo está dividido em três grandes Estados: Eurásia, Lestásia e Oceania. Regidos por regimes ditatoriais e que encontram-se em guerra permanentemente. A estória passa-se na Oceania, onde os moradores são permanentemente vigiados por teletelas, controlados pelo Grande Irmão (Big brother), que permite vigiar, controlar e oprimir a população. Governo que desenvolve ainda, uma nova língua, que chamam de “novilíngua”, para que possam inclusive controlar as expressões que os desagradam. Com uma política de vigilância e opressão, pregam ainda a ausência do prazer sexual, principalmente nas mulheres e intenso processos de lavagem cerebral nas criancinhas, que servem ainda de maiores delatores de possíveis opiniões contrárias às permitidas.
[Winston Smith é o personagem central, um funcionário do Ministério da Verdade, órgão que controla as notícias, modificando tudo o que foi dito no passado para cumprir os objetivos do partido, no presente. Smith desenvolve sua indiferença pela sociedade tornando-a apreço a uma possível rebelião contra esse sistema. Descobre ainda o amor por Julia e uma identificação com outro membro do partido, O’Brian.
Vê em Goldstain, a imagem pública da oposição, e caminhando por suas palavras e pela própria memória, vê a realidade a que estão submetidos e imagina na prole, a esperança para liberdade.
Porém, percebe que tudo é arma desse partido, para continuar no controle. A guerra cujo objetivo não é lutar por uma causa, mas manter um grupo no poder.
Vê em Goldstain, a imagem pública da oposição, e caminhando por suas palavras e pela própria memória, vê a realidade a que estão submetidos e imagina na prole, a esperança para liberdade.
Porém, percebe que tudo é arma desse partido, para continuar no controle. A guerra cujo objetivo não é lutar por uma causa, mas manter um grupo no poder.
As funcionalidades dos ministérios. O controle sobre as pessoas, sobre os acontecimentos. A oposição. Armas para um permanente controle. É capturado e levado ao ministério do Amor, onde posteriormente, conhece o misterioso quarto 101, e descobre que não basta dizer ser favorável aos controladores da Nação, mas de uma forma ou de outra, realmente acreditar nisso. Trata-se de um livro político e apocalíptico, onde através de uma excelente ficção Orwell mergulha-nos num caminho real, onde a humanização dá lugar ao poder. Poder esse, que utiliza de diversos e já citados mecanismos para permanecer no comando, mecanismos esses, que mesmo de diversas formas, já se fazem presentes em diversas sociedades e caminhos políticos na atualidade. O livro, além de tudo é um aviso de quando os fins passam a controlar os meios.
A obra é demasiada profunda e intensa. No entanto esse não é o papel do filme.
Talvez por ser um enredo tão complexo, o filme não o acompanha, e o aborda de maneira que em dados momentos, chega a ser superficial. Não passa, ou passa ligeiramente, por diversos pontos que são muito desenvolvidos no livro. Deixando a sensação de que falta algo.
Talvez por ser um enredo tão complexo, o filme não o acompanha, e o aborda de maneira que em dados momentos, chega a ser superficial. Não passa, ou passa ligeiramente, por diversos pontos que são muito desenvolvidos no livro. Deixando a sensação de que falta algo.
A maioria dos personagens tem uma abordagem rala, e alguns personagens secundários são esquecidos. O roteiro adaptado, como dito, não mergulha no imenso mar descrito por Orwell. Transmite algumas passagens necessárias para causar, o efeito obtido ao ler 1984, embora como dito, peque ao transitar superficialmente por muitas outras. Embora Radford mantenha uma boa direção, e em dados momentos consiga passar o sentimento exposto pelo pseudônimo de Eric Blair, como na transmissão inicial do discurso do big brother ou no quarto 101, e acerte na direção de arte, o filme fica aquém de uma obra grandiosa.
John Hurt interpreta Smith, e o faz muito bem, como demonstra principalmente nas cenas em que o personagem é capturado e submetido a torturas para que “aceite” o Grande Irmão.
Frente a outras películas, às produções hollywodianas, o filme é uma boa produção. Ousada. No entanto, quando comparado ao texto que lhe deu origem, expõe falhas e buracos que só podem ser aprofundados no livro, e perde seu brilho.
John Hurt interpreta Smith, e o faz muito bem, como demonstra principalmente nas cenas em que o personagem é capturado e submetido a torturas para que “aceite” o Grande Irmão.
Frente a outras películas, às produções hollywodianas, o filme é uma boa produção. Ousada. No entanto, quando comparado ao texto que lhe deu origem, expõe falhas e buracos que só podem ser aprofundados no livro, e perde seu brilho.
Quando George Orwel publicou este livro não tinha os meios de comunicação que existem hoje, mesmo assim sua imaginação foi além do seu tempo, tornando-se para nós hoje um assunto atual devido aos meios que nos são impostos pela mídia. Hoje temos a impressão de estarem, os sendo sempre vigiados, que nossos telefones são grampeados, há lugares que tem câmeras nas ruas, que com a desculpa de ser para segurança, mas na realidade também eles vigiam os cidadãos do bem.
E quem garante que as notícias que chegam até nós não são manipuladas, que eles colocam o que querem em jornais, televisão, internet e outros meios de comunicação e massa?
Vemos na mídia global uma propaganda em massa de uma sociedade voyverista, onde devemos ter a concepção de que é normal estamos sendo filmados, o tempo todo, onde a quantidade de vídeos de anônimos que se tornam famosos na internet proliferam da noite para o dia. Não devemos nos esquecer que Big brothers da vida proliferam numa tentativa de nos preparar para uma sociedade vigiada, pelas suas próprias concepções sociais de que, o bom está aparecendo o tempo todo. Não posso fecha os olhos para uma sociedade que obsevar a vida alheia e algo normal. Porém quando o estado se apoderar disso o que vamos fazer?
Outro filme que mostra essa relação do estado em termos de controlar a vida de cada cidadão é o Inimigo do Estado, no qual um cidadão comum tem sua vida destruída da noite para o dia por, se encontra frente aos interesses do estado, se reparamos quando acessamos a redes sócias, automaticamente é feita analise de nossos dados e baseado em informações nossas nos é indicado o que pesquisar comprar, assistir, ler e etc. Tudo nos está sendo imposto, tão logo será que iremos viver na verdadeira ditadura? Imposto para que não tenhamos condição de termos uma visão critica da sociedade.
Pense bem, eles estão te vendo!
OBRIGADO POR FUMAR
Edson Palheta – Geografia – 2º semestre
O Roteiro do filme é baseado no romance homônimo de Christopher Buckley, “Obrigado por Fumar”, que é uma comédia de humor ácido dirigida por Jason Reitman e ricamente protagonizado por Aaron Eckhart. O filme que tem o seu enredo narrado em primeira pessoa pelo personagem de Nick, o vice-presidente da Academia Americana de Estudos sobre Tabaco, empresa criada por lobistas da indústria de cigarros nos E. U. A para dar embasamento científico as suas defesas junto a Washington.
O filme discute de forma ampla a questão da força do discurso utilizado, principalmente, por grandes empresas capitalistas, suas contradições principalmente relacionadas à indústria do fumo e a grande quantidade de dinheiro investido em campanhas contra o seu próprio produto. As questões relacionadas às indústrias de álcool e armas, também são colocadas em debate de forma cômica e inquietante pondo o politicamente correto de maneira contraditória.
A história conta com personagens importantíssimos para sua trama que contribuem para ampliar a comicidade que envolve um produtor corrupto, um ex-garoto propaganda da Malboro que está com câncer, mas, aceita dinheiro em troca de silêncio, o chefe inescrupuloso e o próprio Nick com suas atitudes questionáveis que apresenta uma relação interessante com seu filho Joey, a quem ensina que não importa o que se defenda, com bons argumentos sempre se estará certo. O envolvimento de Nick com a repórter, Heather Halloway também entra no campo da discussão quanto a ética e moral, principalmente, no que diz respeito às questões sexuais. O envolvimento dos personagens no filme são resumidos em uma frase de Nick: “as atitudes profissionais podem ser moralmente flexíveis para cumprir as atribuições do nosso trabalho”.
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